o primeiro acontecimento que me fez pensar imediatamente, opa, essa vai pro blog, foi o funcionário da imigração em shenyang ter demorado uns dez minutos olhando pro meu gigantesco nome. num país onde a pessoa se identifica pronunciando dois ou três fonemas, ana luísa dos anzóis pereira é motivo pra olhinhos apertadinhos se arregalarem um bocado (não que cheguem a ficar grandes, mas). foi lá, veio cá, olhou pra mim, perguntou que partes eram nome e que partes eram sobrenome, expliquei, digitou umas coisas, passou a folha do visto várias vezes num leitor ótico, carimbou e finalmente me deixou seguir em frente.
(clarice, se prepare quando for sua vez.)
ainda no duty free, fui comprar umas besteirinhas numa loja e enquanto abria a bolsa pra pegar o passaporte e o dinheiro, a moça do caixa começou a repetir uma palavra em mandarim. parei tudo e fiquei olhando pra ela, perguntando "what?". outra funcionária, com mais alma, traduziu: "passport". ah, tá, já tava providenciando. só eu que acho esquisito que num *duty free* de um aeroporto os *funcionários* não sabem falar uma coisa tão básica como 'passaporte' em inglês? enfim, a moça pegou meu passaporte e quando viu meu nome disparou a rir. rir, não, gargalhar. e chamou as outras pra rachar o bico também, apontando o dedo pro meu nome. eu me juntei a palhaçada com um HA-HA-HA bem irônico pra ver se elas se tocavam, mas aí foi que riram mais. resolvi cortar o barato dizendo "filhota, se apresse na risadaria senão vou perder o vôo". ouquei, recebi o troco, o passaporte de volta e seguimos em frente.
chegando em hong kong fomos imediatamente procurar um caixa eletrônico. dinheiro local na mão, resolvemos checar o papel com as orientações que o agente de viagens mandou pra pegar o ônibus que leva direto pros hotéis. tuuuudo errado, gate errado, terminal errado, perdemos um tempo danado e quando vimos que daquele mato não saía coelho, decidimos jogar o tal papel no lixo e dar um jeito nós mesmos. quando finalmente saímos da parte fechada e ar-condicionada do aeroporto pra pegar o ônibus, o mundo caiu: hong kong é quente. muito quente. e úmida. uma sauna. meu cabelo, mulato?, não negou e quase pude ouvir um tóin-óin-óin quando o bichinho encruou de volta às raízes e, por consequência, encurtou uns bons 5cm. mas tudo bem, o ônibus tem ar-condicionado. toca pro hotel, menino!
no caminho, a cidade vai se revelando. avenidas largas, pontes, túneis, prédios, muitos prédios, luzes, muuuuitas luzes, hong kong é uma espécie de cidade formada só por avenidas paulistas em época de natal (sem os motivos natalinos, claro).
o quarto do hotel - ai, o agente de viagens... - é tão pequeno, tão pequeno, que se a gente entrar muito "decomforça" periga atravessar e sair voando pela janela. ainda bem que é terceiro andar.
O misterioso Esquema do Paulo Sousa
Há 2 anos
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