quinta-feira, 29 de maio de 2008

. Um elefante incomoda muita gente... .

Ontem tivemos que mudar de hotel. Dormimos no ponto e quando procuramos a recepção pra ficar mais uns dias soubemos que o hotel estava lotado por conta de uma convenção. Ouquei, no aperreio, dá pra procurar um outro hotel pra gente? Sim, claro, e estamos aqui, em frente a Hauptbahnhof (estação central de trens). A praça é bonitinha, uns restaurantes com mesas do lado de fora, um cara tocando saxofone...

No começo a coisa tava bem pitoresca, interessante, saímos pra comer alguma coisa no restaurante ao lado, mas depois percebi que o Kenny G do Paraguay só tem duas músicas no repertório.

DUAS.

E hoje, às 6 da madrugada, o cara já começou de novo!
Arre!
domingo, 25 de maio de 2008

. Mini-férias .

Bremen tem sido um bálsamo. Finalmente algum tempo pra descansar, já que a reunião aconteceu logo na manhã seguinte à nossa chegada. Com pouco mais de meio milhão de habitantes, o clima é de cidade pequena, pelo menos na praça principal. Temos ido lá todos os dias, aproveitamos um encontro de corais onde enquanto um grupo cantava num palco improvisado, outros cantavam espalhados na praça, circundada por prédios de pelo menos seis séculos, vários restaurantes, barraquinhas e mesas ao ar livre. A comida, excelente. O vinho, branco, riesling, espetacular. Enfim, atmosfera descontraída, temperatura amena (uns 20C), música boa, crianças, idosos, todo mundo se divertindo e aproveitando o sol (que se põe quase às 22:00h nessa época do ano).

Prédio na rua do hotel, a caminho da Marktplatz

Marktplatz - Altstadt Town Hall e Catedral de St. Pauli

Catedral de St. Pauli

Die Stadtmusikanten - personagens do conto dos Irmãos Grimm - e uns garotos cantando

Aspargos brancos

Altstadt Town Hall

Detalhe de prédio

P.S.: Hoje é domingo e os sinos da catedral de St. Pauli estão tocando desabaladamente :)
P.S.2.: Fico devendo fotos do Schnoor e de Roland, protetor da cidade.
quinta-feira, 22 de maio de 2008

. Da janela - Bremen, Alemanha .

. Ainda na China enviamos pelo correio duas caixas com roupas de inverno pro Brasil. Tomara que cheguem. Ainda assim, carregamos três malas grandes e pesadas, alem de 2 malinhas pra computador que levamos sempre como bagagem de mão. Há quem ache muito, há quem ache pouco, mas a verdade é que somos duas pessoas que carregam a vida pessoal e profissional pelo mundo afora. Roupas, remédios, sapatos (inclusive os de segurança, pra usar nas fábricas), câmera, computadores, scanner, celulares, todos os fios e cabos pertinentes, documentos, souvenirs... tudo isso não chega a ser um inconveniente quando se pega um avião no ponto A e se vai direto ao ponto B, mas é um inferno com rodinhas quando se passa por 2 táxis, 3 aviões, 2 balcões de check-in, 2 carrosséis de bagagem e 0 (zero) carregadores no hotel de destino.

. Por enquanto ão dá pra dizer nada sobre a cidade, mas parece ser bonitinha, com nível catotal* médio. Só para registrar, os níveis catotais da Índia e da China eram 12 numa escala de zero a 10. O povo - até agora - tem sido muito amigável e simpático.

. O pão, aliás, os pães do café-da-manhã são fantásticos. O primeiro pão decente que como em meses.

. Já encontramos o grego que vai chefiar a equipe de inspeção. A. foi pra fábrica para a reunião e eu fiquei aqui no hotel com uma tarefa de gincana: organizar a bagagem (que foi arrumada às pressas) e os recibos, mas acho que vou tirar um cochilo antes de começar.

* nível catotal: quantidade de catota produzida pelo nariz devido a sujeira/poluição.
quarta-feira, 21 de maio de 2008

. Guten Tag! .

Chegamos em Bremen depois de 32 horas de viagem, entre aviões e conexões, entre dubai e munique, escadas pra cima e pra baixo...
Estamos arrasados, cansadíssimos, detonados, mas vivos e inteiros.
Agora é ir dormir porque já passa de meia-noite e amanhã o rojão começa às 8:30h da manhã.
segunda-feira, 19 de maio de 2008

. Não vingou... .

Como esperado, o projeto subiu no telhado, miou por uns dois meses e por fim caiu. A fábrica conseguiu realizar a memorável façanha de, três meses depois, não conseguir completar nenhuma - NENHUMA - peça. Começou pela matéria-prima fora da especificação, passou pela completa desorganização do laboratório que nunca apresentou o pacote do ***primeiro*** dia de testes, pela inabilidade dos empregados (teoricamente certificados) em manejar o maquinário, por um impasse numa das máquinas - crucial para os testes - que durou dois meses e que ainda não foi resolvido satisfatoriamente, pelo controle de qualidade inexistente, aliás, pela ausência completa de gerenciamento, culminando com a inflexibilidade na re-negociação do cronograma.

Pena, mas melhor assim. Eu, particularmente, ficaria muito preocupada em ver esse produto sendo enviado pros nossos chefes. Nunca me senti tão insegura sobre a qualidade de um projeto, nunca me senti tão frustrada e impotente depois de conversar, explicar e argumentar tantas vezes, à procura de uma solução.
sábado, 17 de maio de 2008

. Como prometido .

Sanduíche com baked beans

. Indo embora .

No momento estamos em Beijing, tristes por motivos profissionais (depois explico), mas ainda mais tristes por ver a China passar por essa tragédia horrível. O grau de mobilização da população chinesa é impressionante. Milhões de pessoas estão envolvidas na ajuda aos atingidos pelo terremoto que aconteceu no dia 12, seja arrecadando/doando dinheiro, disponibilizando o próprio carro pra transportar água, comida, medicamento, vítimas. Leia mais no blog do jornalista brasileiro Gilberto Scofield.
segunda-feira, 12 de maio de 2008

. Ainda Hong Kong .


Pois é. Até agora não fizemos nada de especial, sequer vimos o show de luzes na baía. Me atacou uma dor fenomenal no pescoço e o A. não tolera bem a quentura + a umidade, então, fora uma visitinha rápida a um shopping center, temos ficado no hotel e/ou dando uns rolés pelas redondezas.

Ah, o shopping. Imenso, chiquérrimo, com todas as grifes famosas possíveis e imagináveis. Preços? Humm... não vi nada barato não, muito pelo contrário. Almoçamos num bistrô charmosinho, comprei uma lente macro pra minha câmera, uma sandália, um batom e uma capinha pro ipod. Antes de ir embora o A. tomou um copão de café. Aliás, não entendo a loucura do povo pela Starbucks. Muito nome e pouco sabor, ou como diriam meus conterrâneos, viva o luxo e morra o bucho.
sábado, 10 de maio de 2008

. p.s. .

tava sem poder acessar qualquer endereço blogspot (de novo) há alguns dias na mainland. aqui tá tudo liberado :))

. bem-vindo a hong kong! .

o primeiro acontecimento que me fez pensar imediatamente, opa, essa vai pro blog, foi o funcionário da imigração em shenyang ter demorado uns dez minutos olhando pro meu gigantesco nome. num país onde a pessoa se identifica pronunciando dois ou três fonemas, ana luísa dos anzóis pereira é motivo pra olhinhos apertadinhos se arregalarem um bocado (não que cheguem a ficar grandes, mas). foi lá, veio cá, olhou pra mim, perguntou que partes eram nome e que partes eram sobrenome, expliquei, digitou umas coisas, passou a folha do visto várias vezes num leitor ótico, carimbou e finalmente me deixou seguir em frente.

(clarice, se prepare quando for sua vez.)

ainda no duty free, fui comprar umas besteirinhas numa loja e enquanto abria a bolsa pra pegar o passaporte e o dinheiro, a moça do caixa começou a repetir uma palavra em mandarim. parei tudo e fiquei olhando pra ela, perguntando "what?". outra funcionária, com mais alma, traduziu: "passport". ah, tá, já tava providenciando. só eu que acho esquisito que num *duty free* de um aeroporto os *funcionários* não sabem falar uma coisa tão básica como 'passaporte' em inglês? enfim, a moça pegou meu passaporte e quando viu meu nome disparou a rir. rir, não, gargalhar. e chamou as outras pra rachar o bico também, apontando o dedo pro meu nome. eu me juntei a palhaçada com um HA-HA-HA bem irônico pra ver se elas se tocavam, mas aí foi que riram mais. resolvi cortar o barato dizendo "filhota, se apresse na risadaria senão vou perder o vôo". ouquei, recebi o troco, o passaporte de volta e seguimos em frente.

chegando em hong kong fomos imediatamente procurar um caixa eletrônico. dinheiro local na mão, resolvemos checar o papel com as orientações que o agente de viagens mandou pra pegar o ônibus que leva direto pros hotéis. tuuuudo errado, gate errado, terminal errado, perdemos um tempo danado e quando vimos que daquele mato não saía coelho, decidimos jogar o tal papel no lixo e dar um jeito nós mesmos. quando finalmente saímos da parte fechada e ar-condicionada do aeroporto pra pegar o ônibus, o mundo caiu: hong kong é quente. muito quente. e úmida. uma sauna. meu cabelo, mulato?, não negou e quase pude ouvir um tóin-óin-óin quando o bichinho encruou de volta às raízes e, por consequência, encurtou uns bons 5cm. mas tudo bem, o ônibus tem ar-condicionado. toca pro hotel, menino!

no caminho, a cidade vai se revelando. avenidas largas, pontes, túneis, prédios, muitos prédios, luzes, muuuuitas luzes, hong kong é uma espécie de cidade formada só por avenidas paulistas em época de natal (sem os motivos natalinos, claro).

o quarto do hotel - ai, o agente de viagens... - é tão pequeno, tão pequeno, que se a gente entrar muito "decomforça" periga atravessar e sair voando pela janela. ainda bem que é terceiro andar.
| Top ↑ |