chegada em mumbai: temperatura quente, apesar da uma e meia da madrugada. corro pro banheiro (detesto banheiro de aviao) e, primeira surpresa, me deparo com uma torneira e uma caneca do lado do sanitario. os indianos nao usam papel higienico e depois de ir ao banheiro eles se limpam com a mao esquerda e depois dao uma lavadinha na mao. sabonete? pra que? duas senhoras de idade estao no banheiro, lindamente vestidas com sarees ultra-coloridos, porem sujas e banguelas, pedindo dinheiro. familiar?
agora o cheiro.
a india tem um cheiro proprio, de pimenta-do-reino, curry, cominho, fritura, talco de velha, suor. esse cheiro esta em praticamente todo lugar, entranha no nariz, na pele. o A., que eh louco por comida indiana (alias, o A. eh louco por qualquer comida), agora virou meu curry boy. a pele dele agora cheira a tempero indiano, impressionante como o troco sai no suor!
passamos pela imigracao, escolhemos a linha 'verde' (para quem nao tem bens valiosos a declarar), depois o raio X (A. teve que explicar a ruma de remedio, mas nao deu problema, nem teve que abrir a mala) e rumamos pra porta de saida do aeroporto.
detalhe: so entra no aeroporto quem vai viajar. botar o pezinho dentro do predio, so depois de exibir a passagem.
procura que procura plaquinha com nossos nomes e nada. o aperreio comeca a tomar de conta e eu digo 'calma, fique aqui que eu vou percorrer a fila de plaquinhas de novo, desde o comeco'. fui de novo e... nada de novo. eita, e agora? voltei pra perto do A. e – alvissaras – tinha um homenzinho com a tal placa ja falando com ele. joinha.
o carro do hotel estava no estacionamento e nos dirigimos pra la. no chao, terra batida. no ceu, uma nevoa indistinta, nao sei se poluicao, umidade ou suor evaporado. ao redor, alem do cheiro sui generis, uma multidao interessantissima. mulheres vestidas de preto dos pes a cabeca, homens enrolados em panos brancos, barbas longas e emaranhadas, pes descalcos. homenzinhos pequenos, magros, mirrados, vestindo umas roupas ocidentais bem coloridas com as combinacoes mais improvaveis. fomos informados pelo motorista que o motivo da muvuca era a peregrinacao dos muculmanos nessa epoca do ano.
pois bem. proximo capitulo: o hotel. imenso, luxuoso em todos os sentidos, com todos os mimos que se tem direito – chinelinho, roupao, banheira, sabonete e coisinhas de higiene de primeirissima qualidade, um coffee/tea maker, chazinhos twinings, cerveja foster's no frigobar, batatinha chips (com masala – em outras palavras, pimenta!), spa, internet ligeira no quarto, colchao e travesseiros super macios, tudo de primeira... e o melhor cafe-da-manha desse lado da galaxia.
dormir? impossivel. tres ou quatro da manha em mumbai, mas apenas 8 ou 9 da noite – do dia anterior – no brasil. fora a adrenalina, a excitacao. cochilamos depois de rolar um bocado na cama e acordamos a tempo de descer e filar o cafe-da-manha no ultimo minuto.
agora o cheiro.
a india tem um cheiro proprio, de pimenta-do-reino, curry, cominho, fritura, talco de velha, suor. esse cheiro esta em praticamente todo lugar, entranha no nariz, na pele. o A., que eh louco por comida indiana (alias, o A. eh louco por qualquer comida), agora virou meu curry boy. a pele dele agora cheira a tempero indiano, impressionante como o troco sai no suor!
passamos pela imigracao, escolhemos a linha 'verde' (para quem nao tem bens valiosos a declarar), depois o raio X (A. teve que explicar a ruma de remedio, mas nao deu problema, nem teve que abrir a mala) e rumamos pra porta de saida do aeroporto.
detalhe: so entra no aeroporto quem vai viajar. botar o pezinho dentro do predio, so depois de exibir a passagem.
procura que procura plaquinha com nossos nomes e nada. o aperreio comeca a tomar de conta e eu digo 'calma, fique aqui que eu vou percorrer a fila de plaquinhas de novo, desde o comeco'. fui de novo e... nada de novo. eita, e agora? voltei pra perto do A. e – alvissaras – tinha um homenzinho com a tal placa ja falando com ele. joinha.
o carro do hotel estava no estacionamento e nos dirigimos pra la. no chao, terra batida. no ceu, uma nevoa indistinta, nao sei se poluicao, umidade ou suor evaporado. ao redor, alem do cheiro sui generis, uma multidao interessantissima. mulheres vestidas de preto dos pes a cabeca, homens enrolados em panos brancos, barbas longas e emaranhadas, pes descalcos. homenzinhos pequenos, magros, mirrados, vestindo umas roupas ocidentais bem coloridas com as combinacoes mais improvaveis. fomos informados pelo motorista que o motivo da muvuca era a peregrinacao dos muculmanos nessa epoca do ano.
pois bem. proximo capitulo: o hotel. imenso, luxuoso em todos os sentidos, com todos os mimos que se tem direito – chinelinho, roupao, banheira, sabonete e coisinhas de higiene de primeirissima qualidade, um coffee/tea maker, chazinhos twinings, cerveja foster's no frigobar, batatinha chips (com masala – em outras palavras, pimenta!), spa, internet ligeira no quarto, colchao e travesseiros super macios, tudo de primeira... e o melhor cafe-da-manha desse lado da galaxia.
dormir? impossivel. tres ou quatro da manha em mumbai, mas apenas 8 ou 9 da noite – do dia anterior – no brasil. fora a adrenalina, a excitacao. cochilamos depois de rolar um bocado na cama e acordamos a tempo de descer e filar o cafe-da-manha no ultimo minuto.
1 comments:
Nao resisti e vim ver como tudo começou!
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